Enfermeiros em greve nas Caldas da Rainha pela contagem de pontos
Mais de duas dezenas de enfermeiros do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) reuniram-se hoje, 13 de fevereiro, junto à entrada do hospital das Caldas da Rainha para exigir a contabilização dos pontos para o reposicionamento na carreira. O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para, segundo o delegado sindical, Ivo Gomes, “exigir a contabilização de pontos com os devidos retroativos a 2018”.
Segundo o Portal Sapo, que cita a Agência Lusa, enfermeiros e sindicato reuniram-se, no dia 11, com o conselho de administração do CHO (que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) que “assumiu alguns compromissos de contabilização de pontos”, mas, no entender do sindicalista, “ainda não estão efetivados”, o que levou à luta dos profissionais, durante a manhã desta segunda-feira, em frente ao hospital das Caldas da Rainha.
O SEP reivindica também a regularização de cerca de 20 enfermeiros precários, há vários anos a recibo verde.
“Para a vinculação definitiva, a administração precisa de ter o plano de atividades e orçamento aprovado e o Governo, pelos vistos, não está aceitar” o documento, explicou Ivo Gomes, acrescentando que a situação afeta maioritariamente os hospitais das Caldas da Rainha e de Torres Vedras.
Os enfermeiros contestam também a fixação da data de aposentação nos 66 anos e quatro meses, prazo que estes profissionais exigem que seja reduzido para os 57 anos de idade e 35 de trabalho”, já que, vincou o sindicalista, se trata de “uma carreira especial de enfermagem que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana”.
À lista das reivindicações Ivo Gomes juntou ainda “melhores condições de trabalho, valorização salarial e a luta por uma carreira digna” para os cerca de 750 enfermeiros das três unidades, onde considera faltarem pelo menos mais 140 profissionais.
Segundo o SEP, a administração do CHO já solicitou a abertura de concurso para os 140 enfermeiros. Porém, “o pedido foi negado”, impossibilitando assim o cumprimento “do rácio enfermeiro/doente”.
Os enfermeiros cumpriram uma paralisação de duas horas que, segundo o sindicato, teve uma adesão superior a 50% e afetou sobretudo os serviços de consulta externa, o bloco operatório e a urgência.