Ano lectivo arranca sexta-feira com aulas presenciais e novas regras
Arrancam esta semana as aulas presenciais para todos os anos de escolaridade, depois de terem sido suspensas (presencialmente) no ano lectivo anterior, devido à pandemia provocada pela COVID-19.
Uma realidade que Pedro Damião, director do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente encara com expectativa e confiança, onde o trabalho desenvolvido visa garantir a segurança de todos – um trabalho conjunto, onde todos são fundamentais: alunos, encarregados de educação, pessoal docente e não docente.
No Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente, a principal diferença face aos anos anteriores, prende-se com as alterações no horário de funcionamento.
Uma alteração feita também no Agrupamento de Escolas da Lourinhã, com a redução do tempo de intervalos e do período de almoço, como nos explicou José Grachinha, director daquele agrupamento.
Em todos os estabelecimentos de ensino, alunos, professores e funcionários vão ser obrigados a utilizar máscara de protecção individual. No caso dos alunos, esta obrigatoriedade é apenas a partir do 5.º ano. No caso do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente, cada aluno irá receber três máscaras de protecção para utilizar durante o 1.º período.
Entre as medidas que as escolas devem adoptar está o distanciamento de alunos dentro da sala de aula. No Agrupamento de Escolas da Lourinhã o distanciamento físico será acautelado com a separação das mesas e com a colocação de uma fita, ao centro da mesa, que fará a separação do espaço.
Para Pedro Damião, esta será uma medida difícil de cumprir no Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente. Para o responsável, “o distanciamento na sala de aula só será possível em turmas de pequena dimensão”.
A falta de espaço para acolher as 25 turmas, na Escola Secundária da Lourinhã, é um dos principais constrangimentos apontados pelo professor José Grachinha. O agrupamento solicitou apoio ao município, que irá instalar no espaço estruturas modulares para as actividades lectivas. Até que sejam colocados os contentores no estabelecimento de ensino, o auditório será utilizado como sala de aula.
Em ambos os agrupamentos, sempre que possível, os alunos vão ter uma sala específica para as actividades lectivas. No caso do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, a direcção decidiu colocar um plástico por cima dos teclados dos computadores, para que seja possível fazer a higienização dos equipamentos. Em ambos os agrupamentos estão proibidos os banhos, após as aulas de Educação Física.
Segundo o manual de medidas a implementar nas escolas, elaborado pela DGS, perante um caso confirmado de COVID-19, o rastreio de contactos deve ser iniciado imediatamente.
As escolas estão ainda obrigadas a ter planos de contingência para saber como actuar se surgirem casos suspeitos ou confirmados. Os planos devem prever uma área de isolamento, que só pode ser usada por um caso de cada vez. Se forem vários casos suspeitos as escolas devem recorrer a outras salas de isolamento.
A medição de temperatura não é uma medida obrigatória. Apesar disso, o director do Agrupamento de Escolas da Lourinhã decidiu implementar essa medida no agrupamento, contudo, a medição será feita de forma aleatória uma vez que não existe capacidade para medir a temperatura a todos os alunos.
Em ambos os agrupamentos, a recepção aos alunos decorre na quarta e quinta-feira (16 e 17 de Setembro), com as aulas a arrancar na sexta-feira, dia 18.
