Desemprego diminui em Agosto na região Oeste

O desemprego diminuiu na região Oeste, mas a maioria das empresas estão pessimistas e admitem ter de despedir trabalhadores se o volume de encomendas não aumentar no próximo trimestre. Os dados foram apresentados pela AIRO – a Associação Empresarial do Oeste. De acordo com esta associação, o número de desempregados na região Oeste diminuiu no mês de agosto. Nesse mês, estavam inscritos nos centros de emprego 11.216 pessoas, menos 176 pessoas que em julho.

O desemprego é um dos indicadores medidos pela associação no âmbito de um barómetro que, desde o início da pandemia , pretende avaliar os efeitos que a Covid-19 tem na economia da região.  

Os dados preliminares do quarto inquérito, realizado entre os dias 18 e 28 de Setembro pela AIRO, analisam a realidade empresarial durante os meses de Julho, Agosto e Setembro. Os resultados mostram que “os empresários estão mais pessimistas com a volta à normalidade da atividade económica”.

De acordo com o Observador, que cita a Agência Lusa, 25% dos 105 inquiridos afirmam ter registado uma diminuição no volume de vendas na ordem dos 20% a 40%. 18% estima ter tido uma quebra de 40% a 60% e 6% afirmam ter uma diminuição na ordem dos 80%. Durante o mesmo período, apenas 4% das empresas dizem ter aumentado o volume de negócios e 6% suspenderam a atividade.

As empresas apontam os meses de junho e de agosto como os piores a nível de vendas e a maioria dos empresários admite não ter atingido sustentabilidade económica durante o verão.

Apesar disso, revela o estudo, a maioria (71%) acredita ter liquidez “para aguentar os próximos três meses” e os empresários “pretendem manter os postos de trabalho”.

De acordo com o barómetro, 79% das empresas afirma ter mantido o número de trabalhadores nos últimos três meses. 7% reduziram o número de colaboradores e 6% dos questionados já tinham dispensado funcionários entre março e junho. Em contrapartida, 8% dos empresários aumentaram o número de colaboradores durante o período em análise no questionário.

Em relação ao negócio online, a maioria das empresas (63%) não registou crescimento da atividade, enquanto 37% referem que a sua atividade cresceu nos canais digitais.

Entre os 105 inquiridos 16% consideram existir um risco elevado de encerrar a atividade, o que revela, em relação ao inquérito anterior, “um aumento da preocupação dos empresários”, refere o estudo.