GNR promove Operação Floresta Segura

A Guarda Nacional Republicana iniciou a Operação Floresta Segura, que decorre até 30 de novembro de 2024, com o objetivo de executar ações de sensibilização e monitorização, ações de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais, investigação de causas e crimes de incêndio florestal e validação de áreas ardidas, para prevenir, detetar, combater e reprimir atividades ilícitas.

De acordo com um comunicado enviado à redação da RCL, a floresta continental, é maioritariamente constituída por espécies autóctones, salientando-se os montados de sobreiros e azinheiras (cerca de 36% do total) e os pinheiros (cerca de 30%). O eucalipto ocupa cerca de 26% da superfície florestal e a restante área é distribuída por espécies de menor expressão, como: castanheiros, alfarrobeira, acácias, medronheiro, choupos, espécies ribeirinhas e outras resinosas. 

Esta realidade florestal, associada à diversidade do país a nível geográfico, climático, social, cultural e infraestrutural, ao despovoamento do interior, ao envelhecimento da população rural, às alterações relativas ao aproveitamento e exploração da floresta, às alterações climáticas e à acumulação de elevada carga de combustível, potenciam a possibilidade de ocorrência de incêndios rurais mais complexos e violentos.

Em 2023, a GNR realizou ações de monitorização e fiscalização em 14 319 locais, que levaram a 7 901 cumprimentos voluntários quanto à limpeza de terrenos, que tinham sido previamente sinalizados. A Guarda Nacional Republicana conclui que de 2013 a 2023 verificou-se uma  evolução positiva no que tange à redução, não só do número de ignições, mas também da própria área ardida, registando-se menos 46% de incêndios rurais e menos 72% de área ardida, relativamente à média anual do período, tendo 2023 apresentado o valor mais reduzido em número de incêndios rurais e o 3.º valor mais reduzido no que à área ardida diz respeito, desde 2013.

Relativamente à s causas de incêndio, a GNR destaca  o uso do fogo pelas comunidades mais rurais, na realização de queimas e queimadas, o qual continua a ser realizado através de perceções perante o risco de incêndio florestal muito assentes no costume e em crenças desatualizadas relativamente ao clima atual, representando cerca de 32% das situações.