Hospitais do Centro Hospitalar do Oeste podem passar a unidades de cuidados continuados

Os três hospitais do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) podem vir a ser transformados em Unidades de Cuidados Continuados para apoio ao novo hospital, segundo o estudo encomendado pelos municípios que aponta esta como a solução mais consensual.

O estudo aponta “seis possíveis soluções para os atuais polos do Centro Hospitalar do Oeste” – Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche – das quais a que “mais consenso e concordância gera é a da criação de Unidades de Cuidados Continuados Integrados para dar apoio ao novo hospital, reduzindo a ocupação de camas, e para prestar acompanhamento a utentes sem enquadramento familiar e de difícil resposta social”.

De acordo com o Sapo, outra solução apontada passa pela reestruturação dos hospitais para Cuidados de Proximidade, podendo acolher serviços de urgência básica em zonas de maior concentração de população ou, em alternativa, atividades de ambulatório.

Os três polos do CHO podem ainda albergar diferentes valências dependentes ou não da orgânica do novo hospital do Oeste, sendo que as soluções a adotar “podem ser ajustadas à eventual necessidade de devolver aos seus proprietários os espaços que atualmente são alugados pelo Ministério da Saúde”, refere o estudo, dando como exemplo o Hospital de Torres Vedras.

Pedro Folgado, presidente da Oeste CIM, considera que o estudo, agora finalizado, “é um documento importante pelo facto de ter sido feito por uma entidade externa, com o apoio dos consultores e o acompanhamento da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e do próprio Centro Hospitalar do Oeste, que conhecem bem o território e as suas necessidades em termos de saúde”.

Segundo o responsável, o documento reflete “um estudo aprofundado” em relação ao qual “apenas o município das Caldas da Rainha considerou que deveriam ter sido considerados mais alguns aspetos que poderiam ter gerado conclusões diferentes relativamente à localização”.

Recorde-se que numa primeira fase, o estudo centrou-se sobre a potencial localização do futuro hospital, concluindo como localizações mais prováveis os concelhos do Bombarral ou de Torres Vedras, soluções que têm sido contestadas pela autarquia das Caldas da Rainha.

O documento foi entregue ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que se comprometeu a definir a localização até março do próximo ano e o perfil assistencial até setembro de 2023.

“Agora cabe ao senhor ministro cumprir o compromisso que assumiu e ao Estado decidir onde e que hospital para o Oeste irá ser construído, com base nas conclusões do estudo que também vamos analisar melhor e continuar a acompanhar este processo”, sublinhou Pedro Folgado.