Hospital das Caldas da Rainha reforça médicos e capacidade de internamento nas urgências
O Hospital das Caldas da Rainha vai aumentar a capacidade de internamento e reforçar o número de médicos e enfermeiros, nas urgências, onde a semana passada a sobrelotação de serviço obrigou a reencaminhar doentes para outras unidades. O Plano de Contingência de Saúde Sazonal — Módulo Inverno e COVID-19, “prevê um aumento da capacidade de internamento, a criação de novos espaços para atendimento de doentes e um reforço de recursos humanos”.
Em declarações à Agência Lusa, citado pelo Observador, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), explica que o plano prevê um aumento de 25 camas de internamento e, numa primeira fase, “um reforço de recursos humanos para colmatar o aumento de episódios de urgência” de oito médicos, 14 enfermeiros e 14 assistentes operacionais.
O reforço surge depois de, na última semana, se ter verificado “uma sobrelotação do Serviço de Urgência”, no Hospital das Caldas da Rainha, por motivo de concentração de um elevado número de doentes em observação”.
Segundo o Conselho de Administração, a sobrelotação do Serviço “não colocou em causa o atendimento dos doentes já admitidos no serviço”, mas levou a instituição a solicitar ao Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a transferência de doentes para outras unidades de referência, “de acordo com a sua condição clínica”.
A situação levou os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Leiria a questionar a ministra da Saúde, Marta Temido, sobre a “sobrelotação e a escassez de recursos humanos” do serviço. Em comunicado enviado à nossa redacção, os sociais-democratas criticam a “escassez de recursos humanos do serviço de urgência”, uma situação que, para os sociais-democratas está a pôr em causa “o atendimento dos utentes do Serviço Nacional de Saúde que residem naquela região”. Os deputados pretendem saber quando é que o Governo irá proceder ao reforço de pessoal no hospital das Caldas da Rainha, integrado no Centro Hospitalar do Oeste.
O PSD recorda que as obras de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha “já deveriam ter terminado há cerca de um ano” e questionam para quando está prevista a sua conclusão.
Segundo o CHO, a obra “foi suspensa devido à pandemia, por impossibilidade de disponibilizar o espaço ocupado com o covidário, bem como para proteger os profissionais do empreiteiro do risco de contágio”.
De acordo com o Conselho de Administração, o CHO aguarda “indicação da data de retoma da obra, que não poderá ficar suspensa até ao final da pandemia, e está “a desenvolver o procedimento necessário para aquisição de uma unidade modular, que permitirá alargar transitoriamente o espaço disponível”.