Lourinhanense Ana Jorge vai liderar grupo de trabalho para decidir localização do futuro Hospital do Oeste

A médica lourinhanense Ana Jorge vai liderar o grupo de trabalho, criado pelo Ministério da Saúde, para decidir a localização do futuro Hospital do Oeste. O anúncio foi feito esta terça-feira pela tutela. O grupo de trabalho, cuja constituição será publicada na próxima semana em despacho do Ministério da Saúde, deverá apresentar uma proposta até 31 de março deste ano.

Para além da decisão quanto à localização da futura unidade hospitalar, o grupo de trabalho vai também decidir o perfil funcional, bem como a calendarização, o modo de operacionalização e de financiamento da sua construção, desde a fase da preparação e lançamento de concurso até à edificação e equipamento do novo hospital.

A par da médica lourinhanense – também antiga Ministra da Saúde -, integram ainda o grupo de trabalho Rita Moreira, em representação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, Sofia Coutinho, em representação da Administração Central do Sistema de Saúde, Laura Silveira, em representação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Hélder de Almeida, em representação da Centro Hospitalar do Oeste e Paulo Simões, em representação da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM).

Os elementos do grupo de trabalho deverão promover “uma análise complementar e multidisciplinar da informação e dos dados existentes”, nomeadamente do estudo técnico solicitado pela Oeste CIM à Nova IMS – Nova Information Management School, cujos resultados foram apresentados a 21 de novembro de 2022.

O grupo pode ainda “proceder à consulta ou participação e audição de outras entidades, públicas e privadas, bem como de personalidades de reconhecido mérito, cujo contributo seja considerado relevante para a prossecução dos trabalhos.”

Recorde-se que o estudo encomendado pela Oeste CIM centrou-se, numa primeira fase, na potencial localização do futuro hospital. O estudo apontou o concelho do Bombarral como a melhor localização para a construção da infraestrutura.

Numa segunda fase, apresentada em novembro do ano passado, os autores do estudo avançaram com recomendações sobre o perfil assistencial do hospital que poderá vir a ter entre 446 e 625 camas de internamento, 32 especialidades na consulta externa, 15 especialidades no internamento, um hospital de dia e alargar as urgências à especialidade de psiquiatria.

Os desafios reconhecidos na resposta assistencial hospitalar à população, a dispersão de cuidados por três instituições hospitalares, a distância geográfica que separa as diferentes unidades, os limites de reconversão de parte das atuais instalações e a reduzida capacidade de atração e gestão de recursos humanos evidenciam a “necessidade de construção de uma nova infraestrutura hospitalar que permita oferecer à população do Oeste e visitantes qualidade e segurança assistencial adequadas às novas e crescentes necessidades em saúde”, reconhece a tutela.

O futuro Hospital do Oeste vai permitir “potenciar a modernização e utilização de recursos”, garantindo uma resposta articulada entre diferentes valências, “o que contribuirá de uma forma decisiva para a melhoria dos cuidados de saúde assegurados pelo Serviço Nacional de Saúde nesta região do país”, lê-se no comunicado.