Nova derrocada junto ao Forte da Consolação preocupa Câmara de Peniche

Uma nova derrocada junto ao Forte da Consolação, em Peniche, está a preocupar a Câmara Municipal, por comprometer a estabilidade do forte.

Em declarações à Agência Lusa, citado pelo Observador, o presidente da autarquia, Henrique Bertino, explicou que a derrocada, numa extensão de cerca de dois metros, aconteceu há 15 dias, o que obrigou o município a reforçar a restrição de acesso pedonal ao forte, desde que começaram as obras de requalificação.

O autarca pediu a intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente, de quem é a responsabilidade, tendo em conta que a derrocada “pode comprometer a estabilidade do forte”. “Se voltar a chover e a ondulação for alta, a situação agrava-se”, alertou o presidente da câmara, que defendeu obras de reforço da falésia.

As obras de requalificação do forte para o transformar em centro interpretativo sobre o património geológico e defensivo-militar foram iniciadas em 2020, mas estão paradas há mais de um ano devido a “problemas com o empreiteiro”.

Em 2015, terminaram obras de estabilização da arriba junto ao forte, depois de uma derrocada ocorrida em 2010, que apesar de não ter causado vítimas, obrigou a câmara a pedir ao Ministério do Ambiente uma intervenção com caráter de urgência. Em 2017, o Forte da Consolação foi cedido pelo Estado ao município por um período de 25 anos.

O Forte da Consolação foi construído em 1641 com a finalidade de reforçar a defesa de Peniche, no âmbito da estratégia desenvolvida para a linha costeira de Portugal. Em 1947, depois de estar desativado das suas funções militares, chegou a ser ocupado como colónia de férias. Em 1978, foi classificado como Património Nacional.