Torres Vedras: traçado para ligação da A8 à área empresarial das Palhagueiras foi aprovado

Foto: CMTV

A Câmara Municipal de Torres Vedras aprovou esta terça-feira (6 de dezembro), por unanimidade, o novo traçado da variante de ligação da Autoestrada 8 (A8) à zona empresarial das Palhagueiras. O traçado vai ter duas vias em cada sentido, uma novidade face ao inicialmente previsto.

A autarquia decidiu avançar com a construção de uma variante com uma extensão de seis quilómetros, duas vias em cada sentido e mais desviada para sul. No entanto, a variante continuará a ter início na EN 8-2, que faz a ligação entre Torres Vedras e a Lourinhã. Laura Rodrigues, presidente da autarquia, referiu, em conferência de imprensa, que este traçado “é uma grande ambição de todos os torrienses e de todos os que laboram na zona de Palhagueiras e A-dos-Cunhados”.

O traçado agora aprovado já foi apresentado aos empresários agrícolas e agroalimentares do concelho, que o acolheram de forma positiva, pelo que “corresponde aos anseios das pessoas para escoar o trânsito pesado, que é cada vez mais intenso”, refere a autarca torriense.

Recordando a atividade económica local que, diariamente, leva à circulação de cerca de 300 camiões, Laura Rodrigues sublinhou que “será muitíssimo bom em termos de trânsito, mas também ao nível da descarbonização e de melhor qualidade de vida”.

A solução contempla duas faixas em cada via de circulação, um separador central e quatro rotundas. Este traçado é o mais económico, com o estudo a apontar para um orçamento que ronda os cinco milhões de euros.

O vereador das Infraestruturas e Obras Municipais, Francisco Martins, destacou que esta ligação “é de capital importância para o desenvolvimento empresarial de toda esta zona”. Francisco Martins explicou que se trata de “uma via muito similar à variante Poente [na cidade de Torres Vedras], tendo apenas dois pontos de inserção”. Um via, diz o vereador, que vai garantir “uma fluidez de trânsito muito grande.”

O projeto de execução deverá ser entregue durante o próximo ano, seguindo-se o lançamento do concurso de empreitada, que deverá ocorrer até ao final do mesmo ano. A obra deverá ser concluída até ao final de 2026, tendo em conta o contrato de financiamento estabelecido com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) em janeiro deste ano.

O estudo de viabilidade foi desenvolvido pela empresa TPF – Consultora de Engenharia e Arquitetura, S.A.