Entregue a candidatura do Carnaval de Torres Vedras à lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade

O Centro de Artes e Criatividade entregou, no passado sábado, a candidatura do Carnaval de Torres Vedras à lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Para a elaboração desta candidatura, o Centro de Artes e Criatividade coordenou um processo participativo, entre outubro de 2024 e fevereiro deste ano, com o objetivo de envolver a comunidade no processo. Segundo um comunicado enviado à RCL, a população foi ouvida, com o objetivo de “por um lado, identificar os riscos e ameaças à continuidade/transmissão do Carnaval e, por outro lado, envolver os próprios praticantes (com diferentes papéis na festividade)”.
A metodologia adotada seguiu as recomendações da UNESCO que enfatizam a importância de envolver ativamente os praticantes e outros atores relevantes no processo de candidatura, tendo sido realizadas sessões Sessões Informativas e Debate Público para sensibilizar a comunidade sobre a candidatura e sobre as recomendações da UNESCO para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial; Sessões com diferentes Grupos de Trabalho para identificar contributos para o plano de salvaguarda e recolher declarações de apoio à candidatura; e o Fórum: “A Comunidade e o Carnaval de Torres Vedras”, onde teve lugar a apresentação das conclusões dos grupos de trabalho.
A Câmara Municipal de Torres Vedras dá conta de que “a Comissão Nacional da UNESCO irá, no prazo de um ano, avaliar a candidatura submetida e, caso seja necessário, requerer informação adicional”. De 2026 a 2027, o Estado Português, através do secretariado nacional da UNESCO, “deverá selecionar a candidatura nacional que será submetida internacionalmente”. São várias candidaturas em avaliação, mas só uma pode ser apresentada anualmente.
Quando a Comissão Nacional da UNESCO decidir sobre a submissão da candidatura à Lista Representativa da UNESCO, a mesma é enviada para o Secretariado da Convenção, e dependendo de dossiês a avaliar pelo Comité Intergovernamental naquele ano, este órgão tem um ano para avaliar um dossiê por Estado submissionário.
Após a avaliação, o comité decide se um elemento deve ou não ser inscrito na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, ou se a candidatura deve ser reencaminhada para o(s) Estado(s) submissionário(s), para informações adicionais.