Apresentado Plano Estratégico do aspirante Geoparque Oeste

O Museu Leopoldo de Almeida, nas Caldas da Rainha, serviu de palco para a apresentação do Plano Estratégico do aspirante Geoparque Oeste. O documento, elaborado por uma equipa técnica do Politécnico de Leiria (IPL), apresenta os três eixos fundamentais, a implementar no território, durante os próximos dez anos.

João Serra, presidente da direção da Associação Geoparque Oeste (AGEO), considera que este é “um verdadeiro documento estratégico sobre o futuro do território a aspirante Geoparque Mundial da UNESCO”.

O trabalho agora apresentado, referiu, “é fruto de um processo participativo para o qual os principais agentes locais foram convidados a dar a sua opinião”. O documento – assim como a candidatura –, salientou o presidente da AGEO, “está alinhado com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030.”

O plano parte de uma análise do território, que no total dos seis municípios tem uma dimensão de 1.154 quilómetros quadrados. Um território “cientificamente atrativo”, com valiosos fósseis de dinossauros, “aliados a uma riqueza e diversidade geológica, paleontológica, geomorfológica e paisagística”.

O documento assenta em três eixos estratégicos: a geoconservação, a geoeducação e o geoturismo, segundo explicou João Paulo Jorge, um dos responsáveis pelo documento.

No total, o documento apresenta 42 ações a implementar no território. Das ações a implementar, integrada no eixo da geoeducação, está a implementação do Centro Interpretativo do aspirante Geoparque Oeste. Como a RCL já tinha noticiado, o futuro Centro Interpretativo vai ser instalado numa antiga escola primária, no concelho do Bombarral.

Redes colaborativas

O presidente do Instituto Politécnico de Leiria esteve presente na sessão de apresentação do Plano Estratégico do aspirante Geoparque Oeste. Na ocasião, Rui Pedrosa, destacou a importância das redes colaborativas, que tornam as regiões mais atrativas e competitivas.

“O conhecimento não está só na academia”, disse Rui Pedrosa, mas também “nas pessoas, nos cidadãos que conhecem estes geosítios e as tradições” do território. Na opinião do presidente do IPL, este trabalho é um exemplo de “conhecimento com impacto”.

O território, que integra 72 quilómetros de costa, com 25 praias com bandeira azul, três áreas protegidas, três sítios da Rede Natura e uma cidade criativa da UNESCO, conta no plano com a definição de estratégias para criar nove produtos estratégicos, “que proporcionem uma experiência turística integrada”, destacou João Paulo Jorge.

As experiências podem incidir, segundo o documento, em pacotes de ofertas temáticos com enfoque no turismo cultural, gastronómico, de eventos, literário, religioso, de natureza, de mar, ativo e desportivo, científico e de negócios.