Comunidade Intermunicipal do Oeste apresenta propostas para o Plano de Recuperação e Resiliência

A Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM) defendeu, em sede de consulta pública do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a inclusão no plano de investimentos como o novo Hospital do Oeste e a construção do lanço do IC11, “pela sua importância estratégica para a região”. Os autarcas dos 12 municípios da região apresentaram os seus contributos “em áreas essenciais à região, como Saúde, Infraestruturas, Mobilidade Sustentável e Investimento e Inovação.”

Num comunicado enviado à nossa redacção, a Oeste CIM defende que o PRR deve contemplar “investimentos estratégicos e essenciais para a resiliência, coesão, atractividade, inteligência e competitividade do Oeste”.

Os presidentes de câmara que constituem a Oeste CIM defendem “a necessidade de incluir a criação do novo Centro Hospitalar do Oeste” no PRR, que garanta um serviço de “elevada qualidade para uma resposta mais eficiente e adequada a um novo contexto global de prevenção de riscos e de saúde pública”, incluindo a optimização da capacidade instalada para a rede de cuidados continuados ou valências complementares consideradas prioritárias.

Ao nível das infraestruturas, os autarcas defendem a construção do IC11 – um projecto que prevê a ligação de Peniche ao Carregado, pela Lourinhã e Torres Vedras. A criação de “uma ligação adequada” entre o nó da A8 e a sede de concelho de Sobral de Monte Agraço é outros dos investimentos apontados.

Ainda na área das infraestruturas, os autarcas destacam a importância do reforço e qualificação da rede ferroviária, através da “electrificação e instalação de sistemas de sinalização e telecomunicações no troço das Caldas da Rainha ao Louriçal”, da Linha do Oeste, conforme o Programa Nacional de Investimentos 2030. Na proposta apresentada, a Oeste CIM sublinha ainda a importância da mobilidade sustentável, “através do investimento na aquisição de veículos limpos, incluindo o de transportes públicos de passageiros”.

Por fim, na dimensão da “Transição Digital”, através do componente de “Investimento e Inovação” foi proposto pelos autarcas o financiamento do Centro de Inteligência Territorial do Oeste que a comunidade intermunicipal e a Universidade NOVA Information Management School ambicionam construir. Na nota, a Oeste CIM explica que a criação deste centro “visa aproveitar as tecnologias de informação e comunicação para, com base na ciência dos dados e a inteligência artificial, promover a geração de conhecimento capaz de contribuir para a regeneração económica e a coesão social, para a transição climática e para uma melhor governação do território e gestão dos serviços e infraestruturas.”

Dada a “importância estratégica” do Plano de Recuperação e Resiliência, a Oeste CIM defende que, caso os investimentos não venham a ser contemplado no PRR, devem ser “por outros instrumentos existentes ou a construir”. O Plano de Recuperação e Resiliência prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.