Cruz Vermelha Portuguesa: Delegação da Lourinhã apela à dádiva de sangue

Doar sangue é dar vida. É por isso que a Delegação da Lourinhã da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) lança o desafio aos lourinhanenses de, neste domingo, dia 12 de fevereiro, oferecerem vida a quem mais precisa.

A dádiva acontece entre as 9h e as 13h, no Pavilhão Polidesportivo Municipal da Lourinhã. António Ângelo, presidente da delegação, diz estar satisfeito com a participação da população nas dádivas. Em entrevista à RCL, deixa um apelo à solidariedade dos lourinhanenses.

Numa dádiva são recolhidos 450 ml de sangue que podem salvar até três vidas. Para garantir a continuação do processo, a Delegação da Lourinhã da CVP pretende captar jovens para as dádivas. Este ano, diz Luís Silva, coordenador do serviço de apoio geral, vão apostar em campanhas na Escola Secundária da Lourinhã.

Segundo dados da delegação, estão registados na sua base de dados, desde 2020, 436 dadores. Só no último ano, houve cerca de 80 dadores a entraram para as listas desta delegação.
Rm_novos dadores

Para além da Lourinhã, a Delegação da Lourinhã da CVP realiza também colheitas de sangue em Ribamar. No levantamento feito pela delegação, só na freguesia de Ribamar, existem mais de 90 dadores.

Segundo o calendário de dádivas de sangue para este ano, vão ser realizadas quatro colheitas na Lourinhã e três em Ribamar. Pretendem ainda avançar com uma recolha na freguesia da Moita dos Ferreiros.

Quem pode dar sangue?

Todas as pessoas que cumpram os requisitos de elegibilidade básicos para a dádiva de sangue podem candidatar-se. Para isso basta ter mais de 18 anos (até aos 60 anos se for a primeira dádiva), 50 quilo de peso e hábitos de vida saudáveis. A doação pode ser feita por pessoas até aos 65 anos.

No entanto, há algumas situações em que não deve dar sangue:

  • Se estiver grávida;
  • Se tiver VIH/SIDA ou já tenha testado positivo para a doença;
  • Se tomou (ou está a tomar) medicação para tratar uma doença potencialmente transmissível pelo sangue;
  • Se consome (ou consumiu) drogas injetáveis não prescritas pelo médico;
  • Se alguma vez teve contactos sexuais a troco de dinheiro;
  • Se fez um transplante nos últimos seis meses;
  • Se fez tratamento com gonadotrofina humana;
  • Se recebeu alguma transfusão de sangue depois de 1980.

Pessoas que tenham feito tatuagens ou piercings podem candidatar-se à dádiva de sangue quatro meses depois da realização da mesma.

De acordo com o último Relatório da Atividade Transfusional e Sistema Português de Hemovigilância, em 2021 inverteu-se a tendência de diminuição do número de dádivas e de pessoas dadoras verificada desde 2008. Segundo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), em 2021 aumentou o número de dadores que realizaram dádiva (204 088), assim como o número de dádivas (310 727) e o número de dadores de primeira vez (34 537).