IGAS abre inquérito sobre atendimento hospitalar nas Caldas da Rainha a mulher que sofreu aborto espontâneo

Foto: Arquivo RCL - Centro Hospitalar das Caldas da Rainha

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito relativo à alegada recusa de atendimento no hospital das Caldas da Rainha a uma mulher com hemorragias que sofreu um aborto espontâneo.

O caso teve lugar na manhã desta segunda-feira, veio a público mais tarde, noticiado por vários Media nacionais. De acordo com uma reportagem da RTP, onde se pode ouvir o comandante dos bombeiros voluntários de Caldas da Rainha, Nélson Cruz, “a grávida estava no interior da própria viatura, à porta do hospital das Caldas da Rainha, com uma forte hemorragia. Só foi atendida no hospital uma hora depois de ligar para o 112”. O CODU, o Centro de Orientação de Doentes Urgente, sugeriu ainda o transporte da grávida para Coimbra, mas os bombeiros voluntários das Caldas da Rainha recusaram, alegando que “não havia condições para fazer o transporte”.

A Unidade Local de Saúde do Oeste explica, num comunicado enviado à redação da RCL, que a utente “entrou no Hospital 8h04(…), tendo sido de imediato admitida”. “Presume-se que a Utente tenha ligado para a Linha SNS 24 ou para o 112, e que tenha aguardado na viatura respetiva pelas indicações telefónicas”, acrescenta a ULS Oeste, que afirma que “em momento algum” foi recusada a admissão da grávida no hospital das Caldas da Rainha. De acordo com a mesma fonte, apesar da maternidade não se encontrar em funções esta segunda-feira, foram atendidas 4 utentes e realizados 2 partos.

Elsa Baião, Presidente do Conselho de Administração da ULS Oeste, em entrevista à RTP no âmbito do inquérito agora aberto pela IGAS, garante que não tem “nenhum receio de nenhum tipo de inspeção”, acrescentando que “somos completamente a favor que tudo se esclareça, e que se chegue aqui a um consenso sobre realmente o que é que aconteceu…”.