Jovem acusado de homicídio em Torres Vedras alega “apagão” na memória

O jovem acusado de um homicídio em Torres Vedras, durante os festejos de Carnaval do ano
passado
, defendeu no início do julgamento, estar alcoolizado e sob efeito de droga na noite do
crime, mostrando-se arrependido, mas sem memória do que se passou.

Segundo o Correio da Manhã, embora tenha admitido o crime, o arguido, Bruno Romão, de 22 anos, não se recorda de matar o homem, de 32 anos, que encontrou com a sua ex-namorada.

Na acusação, o Ministério Público diz que o arguido agiu “por ciúmes infundados e pela sua sede de desacatos”.

Na primeira sessão do julgamento, Bruno Romão referiu que “não havia motivo nenhum” para
a sua ação. O arguido disse ainda não ser “próximo” da vítima, nem da antiga companheira.

A presidente do coletivo de juízes referiu que o arguido já foi condenado por violência doméstica, com pena suspensa, crime este praticado com a ex-namorada, que encontrou na noite de Carnaval com a vítima.

Bruno Romão afirmou ter um “apagão” na memória após um jantar de aniversário, na noite de 25 de fevereiro, tendo ingerido álcool ao longo do dia e consumido haxixe.

Durante a madrugada de 26 de fevereiro, e após ter sido expulso de um bar por causar desacatos, uma testemunha cruzou-se com o arguido e assistiu à “confusão” entre ele e a vítima.

Após vários “socos” e “pontapés” entre os dois, e mesmo depois de serem afastados, o arguido espetou uma faca “por baixo do mamilo esquerdo, atingindo o coração”, indicou o Ministério Público e a testemunha, tendo depois fugido do local.

De forma a perceber o que tinha feito, dirigiu-se ao hospital de Torres Vedras, para onde foi encaminhada a vítima, mas acabou por ser expulso e depois detido por agentes da PSP.

Recorde-se quer o crime ocorreu a 26 de fevereiro do ano passado com recurso a uma arma
branca. Bruno Romão está acusado pelo Ministério Público de um crime de homicídio qualificado, pelo que pode ser punido com uma pena entre 12 e 25 anos de prisão.