MAP de Moledo integra a programação da Bienal Cultura e Educação do Plano Nacional das Artes
A Mostra de Arte Pública de Moledo integra a Bienal Cultura e Educação, na categoria Rotas e Percursos, um projeto promovido pelo Plano Nacional das Artes, permitindo que a rota artística da Lourinhã seja divulgada em todo o território nacional.
Para o município, a iniciativa vai permitir valorizar o património histórico e cultural do concelho, mas também promover a temática Pedro&Inês, “um dos mais distintivos eixos turísticos do território, que honra uma história de amor intemporal, cujos protagonistas deixaram a sua marca na Lourinhã.”
A Mostra de Arte Pública (MAP) de Moledo nasce de uma parceria entre a antiga junta de freguesia de Moledo, a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e a Escola Secundária António Arroio, com o envolvimento da comunidade local e do município. Tem por objetivos a democratização da arte e a promoção do bem-estar da população.
As dinâmicas são sempre implementadas com o envolvimento da comunidade e, quando possível, as obras são executadas pelos artistas em regime de residências artísticas, proporcionando a interação e troca de saberes entre os locais e os artistas.
Da parceria, “já resultaram 50 obras espalhadas pela aldeia, com vários projetos culturais e artistas convidados, podendo ser visitados trabalhos de arte urbana, instalações com peças de cerâmica e azulejo e ainda Land Art.
As últimas datam de 2020 e resultam de uma parceria com a revista FOmE, quando a aldeia recebeu os trabalhos de pintura mural de Jorge Charrua e de Filipa Morgado, no primeiro caso, uma abordagem contemporânea à imagem de Inês de Castro e, no segundo, uma interpretação da história de Pedro e Inês, com vista à criação de um espaço abstrato, mas alinhado com a ideia de caminho (interior e exterior), de fuga e esconderijo. De realçar ainda as visitas de Pantónio ao Moledo, artista cuja relação com a aldeia remonta a 2014 e que, também em 2020, ofereceu a pintura do moinho à aldeia, num ato de partilha que trouxe uma nova obra sobre os mesmos muros.
A Bienal Cultura e Educação decorre até 30 de junho e estabeleceu-se no país através da formação de parcerias, trabalhando em rede com instituições, equipamentos culturais e educativos, câmaras municipais, fundações, associações, coletividades, artistas, mediadores e professores, tendo, ao todo, reunido mais de 300 propostas artísticas e culturais para jovens e crianças. Ambiciona promover e desenvolver processos de envolvimento com as comunidades, a criação e produção, o acesso e a mediação das artes e do património. Pretende ainda celebrar e tomar consciência da importância transformadora das artes, valorizar a criação e a programação para a infância e a juventude, com o “objetivo de transformar as instituições culturais em território educativo e as escolas em polos culturais” e fomentar uma verdadeira democracia cultural: a participação ativa de cada um na cultura de todos, como agentes culturais e educativos.