Município da Lourinhã inaugura projeto Coastal Memory Fort

Foi esta quinta-feira (13/11) inaugurado o Coastal Memory Fort, projeto de revitalização e salvaguarda do Forte de Nossa Senhora dos Anjos em Paimogo, através do uso de técnicas e materiais de construção não-destrutivos e também da dinamização de atividades com a comunidade local e escolar e a promoção do turismo sustentável, como o Seminário “Forte da Memória Costeira”, o Seminário “Terramoto 1755: Efeitos no Oeste” e o Fórum Anual do Empreendedorismo “O Desafio do Empreendedorismo em Paimogo”
O projeto foi promovido pela autarquia lourinhanense, entre julho de 2021 e abril de 2024, em parceria com a University of Oslo (Dept of media and Communication), o Stiftelsen Museum Nord, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, a COFAC – Cooperativa de Formação e Animação Cultural, CRL – Universidade Lusófona, o Centro de Estudos Históricos da Lourinhã e a União das Freguesias de Lourinhã e Atalaia.
Durante a cerimónia de inauguração, João Serra, coordenador do projeto e Vereador da Câmara Municipal da Lourinhã, recordou a criação dos grupos de trabalho dedicados ao Coastal Memory Fort, bem como a assinatura do EEA Grants, que decorreu durante a pandemia.
Tendo como operador a Direção Geral do Património IP, tratou-se de uma obra financiada em mais de 863 mil euros pelo mecanismo financeiro EAA Grants, ao abrigo do programa Cultura e com capitais do município da Lourinhã, no valor de cerca de 152 mil euros.
Maria Mineiro, Coordenadora da Unidade Nacional de Gestão do EEA Grants, confessou durante a inauguração que haviam dúvidas sobre “a boa conclusão” do Coastal Memory Fort.
João Telha, Assessor para os EEA Grants e Relações económicas na embaixada da Noruega, comparou o património costeiro português e norueguês, reforçando a importância de preservar a história.
Ana Catarina Sousa, Vice-Presidente do Conselho Diretivo do Património Cultural IP, mencionou igualmente a salvaguarda do património, recordando a intervenção nas arribas que sustentam o Forte de Paimogo, um edifício construído há 350 anos.
As obras de reabilitação do Forte de Paimogo, enquadram-se num projeto global que a autarquia promoveu para toda aquela zona, que contempla a estabilização da arriba e mitigação de riscos, tendo a Câmara Municipal já submetido um projeto de execução a parecer das várias entidades, avaliado em 3,5 milhões de euros. Como referiu João Duarte Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, o Forte de Paimogo é “apenas uma das várias componentes do projeto”.
Agora reabilitado, o Forte de Nossa Senhora dos Anjos foi a primeira de várias componentes, num projeto do Município da Lourinhã que irá contemplar também a área envolvente do Forte e o território entre Paimogo e a Praia da Areia Branca.