Novo Hospital do Oeste: PS/Torres Vedras critica posição tomada por Caldas, Óbidos e Rio Maior

Caldas da Rainha não é a melhor solução para o futuro hospital do Oeste. Quem o diz é a concelhia do PS de Torres Vedras que, num comunicado publicado nas redes sociais, “repudia veementemente” as posições que publicamente têm sido tomadas pelos presidentes de Câmara de Caldas da Rainha, Óbidos e Rio Maior, a propósito da localização do novo hospital.

O PS de Torres Vedras considera que a solução apresentada esta segunda-feira, 6 de fevereiro, por estes municípios é uma “solução isolada dos restantes municípios” e que demonstra a não aceitação do estudo contratado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste “e que subscreveram a sua contratação.”

Sublinham que “as soluções têm-se encontrado através de consensos, difíceis, com o foco em melhor servir a nossa população”. No entanto, consideram inadmissível “a política de bairrismo como está a ser tratada a saúde no Oeste”, salientando que “a saúde nunca poderá ser usada como arma de arremesso político.”

“Falamos em servir os 421.963 cidadãos (INE – Censos 2021) que residem na área de influência do novo hospital, é esse o espírito que nos move, sem umbiguismo, porque não há nenhum cidadão no Oeste norte que valha mais que um cidadão no Oeste sul”, lê-se no comunicado.

Ontem, em declarações à Agência Lusa, a presidente da Câmara de Torres Vedras e da concelhia do PS de Torres Vedras, Laura Rodrigues, considerou que esta manifestação de Caldas da Rainha e Óbidos “é desagradável, porque cria um divisionismo que vai prejudicar naturalmente todos os utentes e a decisão relativamente ao hospital”.

Laura Rodrigues sustentou que Caldas da Rainha (independente) e Óbidos (PSD), a que se veio juntar Rio Maior, estão a “misturar questões técnicas com questões de natureza política e partidária” e “isto não é absolutamente nada ético, nem há fundamento para a defesa desta natureza, porque na realidade o Oeste sul tem um número de utentes superior”.

Os socialistas consideram que o estudo para a localização do novo hospital é claro: “a centralidade é fundamental para a resposta efetiva a todos os utentes, pelo tempo de deslocação e pela população a servir”.

Caldas da Rainha, Óbidos e Rio Maior defenderam ontem, na cidade termal, que o novo hospital do Oeste deve ser construído a norte da região, ao invés do Bombarral, localização que o estudo aponta como ideal. A localização da infraestrutura vai ser conhecida no final de março.