O turismo, em destaque, no 7.º Fórum de Turismo da freguesia de Lourinhã e Atalaia
O turismo é “uma âncora essencial para o desenvolvimento económico” da União das Freguesias de Lourinhã e Atalaia (UFLA). Quem o diz é Pedro Margarido, presidente da União das Freguesias.
No 7.º Fórum de Turismo da Freguesia de Lourinhã e Atalaia, que decorreu na última sexta-feira, dia 19 de maio, o autarca destacou as “excelentes condições” existentes na freguesia, ao nível do turismo: “como as praias, o potencial turístico das localidades mais interiores com caraterísticas rurais, a beleza das paisagens, a excelência dos serviços de restauração, de alojamento, de animação turística e de atividades lúdica”.
O autarca considera “essencial” o diálogo e a criação de sinergias “entre as autarquias, os empresários, as empresas e instituições ligadas ao turismo”, não só na freguesia mas também na região.
Impacto do Dino Parque Lourinhã
Abriu portas em 2018 e, em cinco anos, recebeu mais de um milhão de visitantes. 15% dessas visitas são de visitantes estrangeiros, que, ao invés do que acontecia no início, visitam o parque durante todo o ano, inclusivé no Inverno, durante a época baixa.
“Costumamos dizer que durante a semana não se houve falar português no Dino Parque”, brinca Tiago Marques, diretor de marketing do parque temático.
O Dino Parque Lourinhã foi um dos convidados do Fórum de Turismo da Freguesia de Lourinhã e Atalaia. Quando abriu portas, o parque temático contava com quatro percursos. Entretanto, o parque cresceu e conta, este ano, com seis percursos visitáveis.
Ao longo destes cinco anos, “o Dino Parque investiu seis milhões de euros em investimento direto”, desde a conceção do parque e melhorias nos serviços, e 7,5 milhões de euros em investimentos operacionais, em “salários, mercadorias, fornecedores e matérias primas”, refere Tiago Marques.
Na aquisição de matérias primas, a nível da alimentação e material de escritório, “tentamos sempre trabalhar localmente, tanto na freguesia, como no concelho e na região Oeste”, refere o responsável.
Tiago Marques destaca também os cerca de 500 mil euros que são investidos, anualmente, desde a abertura, para a conceção de novos percursos e atividades, com o intuito de “captar mais visitantes ao Dino Parque”.
UFLA está no “olho do furacão” do projeto do aspirante Geoparque Oeste
A Lourinhã é um dos seis municípios que, nesta altura, integra o aspirante Geoparque Oeste e, segundo Miguel Reis Silva, coordenador executivo do aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO, a União das Freguesias de Lourinhã e Atalaia está “no olho do furação” do projeto.
“Nós vamos ter um território inteiro UNESCO e só o vamos ter porque temos um património geológico e cultural únicos”, frisou, na sessão, Miguel Reis Silva.
Foi no território da União das Freguesias de Lourinhã e Atalaia que foram descobertos ninhos de dinossauros, é também o território que acolhe “o maior parque temático ao ar livre da Europa, uma rota urbana, e três laboratórios de investigação”.
Miguel Reis Silva destaca ainda que o território da UFLA conta com uma Zona Especial de Conservação e um Monumento Natural Local – Arribas do Jurássico. Dos 81 geossítios espalhados pelo território do futuro Geoparque Mundial da UNESCO, 11 estão no território da União das Freguesias de Lourinhã e Atalaia.
“Somos talvez o território e futuro Geoparque com mais capacidade e condição de receber turistas, não só pelas infraestruturas e também pelos alojamentos , tanto alojamentos locais e hotéis, que permitirem acolher estas pessoas”, refere o coordenador executivo do aspirante Geoparque Oeste. “O pior que pode acontecer a um território é ter muita coisa para oferecer e não ter capacidade para que as pessoas cá possam ficar”, sublinhou.
A expansão dos painéis interpretativos, a criação de jogos didáticos, a expansão do web documentário aos territórios do interior do futuro aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO e o estudo para a criação de uma área protegida no Planalto das Cesaredas estão entre os projetos futuros do aspirante Geoparque Oeste.