Oeste: PCP avança com abaixo-assinado contra falta de médicos na região

O PCP/Oeste vai iniciar uma campanha de denúncia dos problemas de saúde na região, como a falta de médicos nos cuidados primários e hospitalares. O anúncio foi feito pela coordenação da CDU nos concelho do Oeste no dia em que estiveram reunidos com os dirigentes do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Sul.

Segundo o Noticias ao Minuto, que cita a Agência Lusa, vai ser entregue no Ministério da Saúde um abaixo assinado a exigir medidas para melhorar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos de saúde. Vão ainda ser afixados cartazes de grandes dimensões.

Bernardino Soares, responsável nacional do PCP para a área da Saúde, disse que, no ACES Oeste Sul, dos 214 mil utentes, 63 mil estão sem médico de família, um problema que vai agravar-se até ao final do ano com a aposentação de cinco clínicos.

Já no Centro Hospitalar do Oeste, à falta de profissionais de saúde juntam-se dificuldades financeiras, edifícios antigos e dispersos, que contribuem para o aumento de gastos, e falta de autonomia em decisões que continuam a depender do Ministério da Saúde.

O comunista alerta que “o CHO não capta 30% dos internamentos, 40% das consultas e 50% dos partos desta região, por isso queremos um novo hospital que responda a estas carências de resposta”.

Para o PCP, “não se pode adiar mais” a construção de um novo hospital na região Oeste, que o partido propôs que integrasse a proposta de Orçamento do Estado para 2022, atualmente em discussão na Assembleia da República. “Não vale a pena o Governo desculpar-se com a falta de entendimento das autarquias quanto à sua localização”, sublinhou.

Os comunistas defendem que a nova unidade deve ter mais camas de internamento, fixando-as em 400, mais especialidades médicas e um bloco de partos que dê resposta a 80% dos partos da região.
Uma vez que a falta de profissionais de saúde “tem vindo a agravar-se”, com aposentações e saídas frequentes para o setor privado, o PCP criticou o Governo por “não estar a tomar medidas necessárias dando atrativos”.

Por isso, o partido entregou na Assembleia da República um projeto-lei, que propõe incentivos, como o aumento das remunerações, uma compensação de 50% na remuneração base, uma bonificação de 25% na progressão da carreia e apoios à habitação, para fixar médicos e enfermeiros durante seis anos ao Serviço Nacional de Saúde.

A coordenação do PCP/Oeste do distrito de Lisboa engloba os concelhos do Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.