Operação “Linhas de Torres”: oito detidos por burla tributária, associação criminosa e branqueamento de capitais

A Autoridade Tributária e Aduaneira e a GNR detiveram esta quarta-feira, 21 de junho, oito pessoas e constituíram arguidas 83 empresas por suspeitas de burla tributária, associação criminosa e branqueamento de capitais nos distritos de Lisboa e Leiria.

Num comunicado conjunto, as autoridades indicam que este foi o balanço da operação “Linhas de Torres”, realizada na sequência de um processo-crime instaurado por suspeitas de crimes de burla tributária, associação criminosa e branqueamento de capitais.

No âmbito da operação, foram cumpridos 72 mandados de busca, 20 dos quais domiciliários, envolvendo 31 Inspetores Tributários e Aduaneiros, dois elementos do Núcleo de Informática Forense e 35 militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR.

O Departamento de Investigação e Ação Penal de Torres Vedras investigou, entre 2014 e 2022, a criação e utilização de diversas empresas fictícias, num esquema de emissão e utilização de faturação falsa, seguida de pedidos de reembolso de IVA, adiantou o comunicado.

O esquema permitiu aos suspeitos obter reembolsos desse imposto, uns pagos pela Fazenda Pública e outros que ficaram suspensos aquando da sua deteção, no montante global de 3,1 milhões de euros.

No âmbito da operação “Linhas de Torres” foram ainda apreendidas 11 viaturas, que se suspeita terem sido adquiridas com o produto do crime.