Torres Vedras: 20 cadeias de transmissão activas e surto no hospital “a caminho do controlo”
O surto de COVID-19 que surgiu no Serviço de Urgência do Hospital de Torres Vedras, está “a caminho do controlo”, garantiu ontem Nuno Rodrigues, delegado de saúde de Torres Vedras.
De acordo com o delegado de saúde, “o último caso [positivo] foi identificado no dia 8″ deste mês, embora continue a existir “testagens e isolamentos consecutivos”. O surto infectou 18 doentes e nove profissionais de saúde.
Em declarações à Agência Lusa, citada pelo Sapo, a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste, Elsa Baião, disse que, até agora, foram testados 295 profissionais e cerca de 150 doentes.
Em conferência de imprensa, o delegado de saúde admitiu que o concelho regista “uma segunda vaga” de infecções, “mais complexa do que a primeira”, justificada pelo aumento de “interacções e de movimentos” motivada pelo desconfinamento.
De acordo com Nuno Rodrigues, existem 20 cadeias de transmissão activas no concelho, cujos contextos de contaminação são na própria casa, entre familiares, em meio laboral relacionado sobretudo com trabalhadores da construção civil ou em superfícies comerciais.
O responsável explicou que os “momentos de risco” estão relacionados com “refeições, viagens em transportes e nos locais de trabalho com não coabitantes, sem uso de máscara e sem distanciamento social”.
O delegado de saúde apelou para o uso de máscara, ao distanciamento social e à higienização das mãos, e alertou que “festas mesmo ao ar livre são desaconselhadas” não devem ser realizadas.
Na conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, referiu que estão a ser reforçadas as campanhas de sensibilização nas esplanadas, praias, lares e empresas do concelho, tendo sido já realizadas 43 acções em estabelecimentos comerciais.
O autarca anunciou ainda que a câmara municipal está a preparar uma campanha para que os cidadãos “se sintam seguros no território”.