Urgências de Torres Vedras a funcionar com constrangimentos devido a obra de remodelação
As Urgências do Hospital de Torres Vedras estão a funcionar com constrangimentos devido à mudança do serviço para duas áreas de transição, para dar início as obras de remodelação.
A remodelação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Torres Vedras “vai ter início esta semana”, divulgou o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), num comunicado em que explica que, “para que seja possível a execução desta empreitada, o Serviço de Urgência teve de mudar para duas áreas de transição, permitindo a libertação do espaço atual para a realização desta obra”.
Em comunicado, o CHO informa que a remodelação do Serviço de Urgência, orçada em 572.411,00 euros, terá a duração de seis meses, devendo “a admissão de doentes ocorrer pela porta lateral do Hospital de Torres Vedras, onde funcionava a anterior consulta externa”.
A obra vai permitir aumentar a capacidade da sala de observação de 16 para 24 camas e aumentar os gabinetes médicos.
A intervenção vai permitir também melhorar as áreas de espera no interior da urgência, aumentar o conforto e a segurança dos doentes e acompanhantes, dotar a triagem de dois gabinetes e dotar o serviço com uma sala de emergência com ligação direta ao exterior, “permitindo uma maior rapidez no seu acesso e consequentemente uma maior rapidez na prestação de cuidados médicos“.
A obra de beneficiação, “há muito aguardada”, vai permitir “melhorar a qualidade de acolhimento, conforto e atendimento aos doentes que acorrem a esta unidade hospitalar e prevenir as infeções hospitalares”, acrescenta o Conselho de Administração, sublinhando que também os profissionais “vão ver melhoradas as suas condições de trabalho, com melhores instalações e equipamentos, que permitirão aumentar a capacidade de resposta”.
O Serviço de Urgência Geral da Unidade de Torres Vedras registou, em 2021, 45.978 atendimentos.
Doentes críticos estão a ser reencaminhados
O Conselho de Administração do CHO afirma que “a Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Torres Vedras está a funcionar com alguns constrangimentos” e que “foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) o reencaminhamento de doentes críticos para outras unidades hospitalares, de acordo com a situação clínica”.
Segundo o Observador, que cita a Agência Lusa, a Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Caldas da Rainha, outro dos hospitais do CHO, “encontra-se a funcionar normalmente” e está “a rececionar alguns doentes de Torres Vedras”, salvaguardando a administração que “a decisão de encaminhamento dos doentes que se deslocam por ambulância cabe ao CODU, segundo critérios clínicos e de acordo com a localização geográfica”.
Ainda segundo a administração, o Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia “está a funcionar com atendimento condicionado, encontrando-se no nível 1 do plano de contingência”.