Vacada de Porto Dinheiro foi discutida na Assembleia Municipal da Lourinhã

A Festa do Mar – em especial a tradicional vacada -, que se realiza anualmente na Praia de Porto Dinheiro durante o verão, foi um dos temas abordados na última reunião da Assembleia Municipal da Lourinhã que aconteceu na sexta-feira, 30 de setembro. “Acabar com a vacada na Praia de Porto Dinheiro” foi a petição apresentada pela munícipe Érica Cardoso e que tem feito correr tinta nos órgãos de comunicação social.

Na petição, lançada em meados de agosto, Érica e Mariana Cardoso consideram que a vacada em Porto Dinheiro é “nada mais que uma praia que se transforma num ringue”. Na última sessão da Assembleia Municipal, Érica Cardoso referiu que, aos seus olhos, “esta é uma prática que não faz sentido” e ressalva que o objetivo da petição nunca foi pôr fim à Festa do Mar.

Stress provocado aos animais

“Embora nas vacadas não exista sofrimento como nas touradas, o animal sofre de stress”. Quem o diz é Constança Carvalho, professora de comportamento animal. Na sua intervenção elencou alguns fatores de stress pelos quais o animal é submetido.

Na reunião da Assembleia Municipal, Mauro Antunes considerou que as notícias que têm vindo a público – e todos os comentários gerados nas redes sociais – foram um “ataque político a Ribamar”, algo que “não pode acontecer”.

O presidente da Junta de Freguesia sublinhou que o que aconteceu em Porto Dinheiro “foi uma situação legal” e que, desde que tem memória, nunca um animal morreu durante a vacada.

Mauro Antunes aplaudiu a discussão do tema na Assembleia Municipal, “sinal de que a democracia está a funcionar”. O autarca garantiu ainda que irá continuar a defender a sua freguesia e que a Junta “vai sempre apoiar as atividades das associações locais”.

O presidente do município, João Duarte Carvalho, lamentou as imagens partilhadas pela SIC e que, garante, “não correspondem à verdade”. O autarca garantiu ainda que a Câmara Municipal não contribuiu financeiramente para a realização da Festa do Mar.

A petição, que conta já com 5.720 assinaturas, “será analisada pela Assembleia Municipal, dentro dos poderes que nos conferem”, sublinhou Brian Silva, presidente da mesa do órgão deliberativo.