A “porta de entrada” do território: Centro de Interpretação Geoparque Oeste foi inaugurado
Foi inaugurado na passada quinta-feira, 29 de junho, no âmbito das comemorações do 109.º aniversário do município do Bombarral, o Centro de Interpretação Geoparque Oeste (CIGO). O centro, instalado numa antiga escola primário do Bombarral, num espaço cedido pela autarquia, é um dos requisitos da candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO.
Na inauguração do CIGO, João Serra, presidente da Associação Geoparque Oeste (AGEO), agradeceu aos municípios que integram o território do aspirante Geoparque Oeste, bem como os municípios parceiros, “por acreditarem que este projeto era possível”.
Pretende-se que este seja “a principal porta de entrada do aspirante geoparque Oeste”, e que contribua, “de forma positiva”, para o conhecimento, divulgação e promoção do património natural e cultural do território.
Nuno Pimentel, coordenador executivo do aspirante Geoparque Oeste, sublinhou que a inauguração “é um momento de satisfação para todos nós”. Pretende-se que esta seja “uma sala de visitas” para as pessoas que visitem o futuro Geoparque Oeste, “sejam das proximidades ou de outros locais do país”.
Esta é uma “sala de visita que não está completa” e que ainda tem espaço para crescer. Quem o diz é Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral, que destacou a relevância do espaço para “a importância que será o CIGO e o Geoparque Oeste”.
A escolha pelo município do Bombarral para acolher o Centro de Interpretação do Geoparque Oeste é, também, “um reconhecimento da centralidade do concelho do Bombarral, que se vai consolidando como o coração do Oeste”, destacou o autarca bombarralense.
Uma viagem no tempo
O espaço promete levar o visitante numa viagem de 250 milhões de anos, conhecendo as pegadas que a evolução do planeta Terra deixou no território, como informação sobre a criação do Oceano Atlântico, os dinossauros e os seus trilhos, o aparecimento do homem, as grandes civilizações, as conquistas portuguesas e os costumes e tradições que moldam a personalidade e o quotidiano das gentes do território.
Está ainda disponível informação sobre a rede nacional e mundial de geoparques da UNESCO e um espaço dedicado à geologia, com fósseis e réplicas de dinossauros e outros animais cedidos pelo Dino Parque e Museu da Lourinhã, bem como pela Sociedade de História Natural de Torres Vedras.
Possui também uma área dedicada à primeira presença do homem no território, outra zona dedicada ao património cultural e uma sala alusiva à reserva da biosfera das Berlengas e à cidade criativa de Caldas da Rainha, classificações existentes na região também atribuídas pela UNESCO.
O CIGO conta ainda com uma sala sobre património natural e alterações climáticas, com informação sobre as áreas protegidas e ações de mitigação das alterações climáticas da região, e um mapa com as distâncias entre os geoparques nacionais.
Oeste ambiciona ser Geoparque Mundial da UNESCO
A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 195 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.
Em Portugal existem cinco geoparques mundiais da Unesco: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Estrela.
O Geoparque Oeste, gerido pela AGEO, pretende, também integrar a rede. A candidatura foi formalizada no ano passado, sendo que o resultado deve ser conhecido no primeiro semestre de 2024.
Atualmente, integram a Associação Geoparque Oeste os municípios de Lourinhã, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Peniche, Bombarral e Cadaval. Existem ainda dois municípios parceiros: Óbidos e Alenquer.