Ana Jorge aprovada como futura presidente da Cruz Vermelha Portuguesa

O Conselho Supremo da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) aprovou Ana Jorge como futura presidente da instituição, substituindo no cargo Francisco George. O nome da médica lourinhanense tinha sido indicado pelo Governo.

Os conselheiros chegaram a consenso em torno de Ana Jorge, nome que irão agora propor ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa Nacional para ocupar o cargo de presidente da CVP.

O presidente cessante, Francisco George, disse à Agência Lusa, citado pelo Jornal ECO, estar satisfeito por “não terem surgido divisões no seio da Cruz Vermelha”, garantido que irá continuar a ser voluntário na instituição. “O conselho reunido em segunda sessão, concordou com a proposta consensual em torno da Dra. Ana Jorge na perspectiva de evitar qualquer fractura na Cruz Vermelha Portuguesa”, declarou Francisco George, que termina agora quatro anos de mandato à frente da instituição.

Francisco George foi eleito presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa em 26 de Outubro de 2017 depois de uma vida dedicada ao serviço público, que cessou em 20 de Outubro do mesmo ano por limite de idade, quando exercia o cargo de director-geral da Saúde.

Ana Jorge também tem um percurso de quase 40 anos dedicado ao serviço público, tendo sido ministra da Saúde nos XVII e XVIII governos constitucionais. Ainda como candidata, Ana Jorge tinha afirmado que este é “mais um desafio” na sua longa carreira na área pública.

“É mais um desafio grande, mas faço-o com toda a dedicação, com todo o empenho que normalmente costumo colocar naquilo que aceito fazer”, disse Ana Jorge, sublinhando que irá “dignificar, contribuir e honrar os princípios da Cruz Vermelha”.

O presidente nacional é o responsável máximo da Cruz Vermelha Portuguesa, cabendo-lhe “assegurar o prestígio, a manutenção, a sustentabilidade, o desenvolvimento e o progresso da instituição, a qual funciona sob a sua orientação e na sua dependência”. Constitui missão da CVP prestar assistência humanitária e social, em especial aos mais vulneráveis, prevenindo e reparando o sofrimento e contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana.