COVID-19: Autarca de Óbidos considera “injusta” atribuição de oito novos casos

O presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques, rejeita que existam no concelho oito novos casos de COVID-19, considerando que esta atribuição é “injusta”, uma vez que o contágio ocorreu numa autarquia vizinha onde os infectados trabalham.

Num comunicado enviado à nossa redação, Humberto Marques, sublinha que não estão numa competição entre concelhos e “muito menos numa luta para ver quem tem mais ou menos casos”, mas não é justo atribuir a Óbidos casos positivos que não tem.

De acordo com os dados da Comunidade Intermunicipal do Oeste, o concelho regista nove casos de infecção, dos quais oito foram registados este sábado, dia 13 de Junho. O autarca defende que essas pessoas “não têm qualquer relação de domiciliação fiscal ou laboral no território”, mas sim na Área Metropolitana de Lisboa.

Na nota, a Câmara Municipal de Óbidos explica que “todos os oito trabalhadores encontram-se assintomáticos, em regime de quarentena com vigilância ativa por parte da autoridade de saúde e monitorizados pela GNR de Óbidos”.

As pessoas em causa são migrantes que trabalham para uma empresa de trabalho temporário, no Concelho das Caldas da Rainha, ligada ao sector da agricultura. Os infectados têm residências temporárias em ambos os municípios, mas, de acordo com as autoridades de saúde, não há “qualquer relação com transmissão comunitária” em Caldas da Rainha e Óbidos.

Humberto Marques, considera que é “incompreensível que o seu registo tenha sido feito em Óbidos, quando as normas do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças dizem que o seu registo deve ser feito no local da infecção”. Segundo o Presidente da Câmara, as autoridades de saúde reconhecem que o local de infecção não teve origem em Óbidos.

Na nota, o autarca sublinha que o Concelho de Óbidos é um “território seguro, com baixos níveis de transmissão”. Para Humberto Marques, o trabalho de todos os envolvidos tem “conduzido a excelentes resultados de baixa transmissibilidade do vírus”.