CPCJ da Lourinhã promove iniciativas para alertar para os maus-tratos na infância

“Serei o que me deres…que seja Amor”. É esta a frase que pode encontrar, por estes dias, nos sacos que vão ser distribuídos pelo comércio tradicional do concelho. A iniciativa é da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Lourinhã, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância – uma data assinalada anualmente durante o mês de abril.

Face ao sucesso das atividades do ano passado, a CPCJ da Lourinhã vai manter a distribuição de laços azuis pelo comércio e associações do concelho. Com o intuito de alertar a comunidade para esta problemática, diz-nos Hugo Bessa, presidente da CPCJ da Lourinhã, vai também ser distribuída a história do laço azul.

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens vai também promover iniciativas junto da comunidade escolar, como a elaboração de laços azuis, dramatizações em sala de aula sobre a história do laço azul e a construção de poemas tendo por base a temática “Serei o que me deres…que seja Amor”.

A par das autoridades, as escolas têm sido um grande sinalizador de situações de maus-tratos
representando, segundo Hugo Bessa, entre 30 a 40%.

O responsável considera que a comunidade escolar está mais sensível para este tema, fruto das iniciativas promovidas no decorrer do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância e durante todo o ano.

Casos de maus-tratos psicológicos aumentam

A CPCJ da Lourinhã registou, durante o ano passado, 256 casos. A faixa etária dos 11 aos 17 anos é aquela que apresenta mais sinalizações. Em comparação com o ano passado, regista-se um aumento de maus-tratos a nível psicológico. Um “fator perigoso” e preocupante, sublinha Hugo Bessa.

Num mundo cada vez mais tecnológico, o presidente da CPCJ da Lourinhã destaca o aumento dos casos que acontecem em ambiente digital.

À semelhança do ano anterior, a CPCJ da Lourinhã vai também colocar um laço azul iluminado no centro da vila. A localização, diz-nos Hugo Bessa, ainda está a ser decidida. A campanha do Laço Azul nasceu em 1989 quando uma mulher norte americana (Bonnie Finney) colocou uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus-tratos. O seu ato simbólico fez com que abril passasse a ser o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.