#NaoSouUmAlvo: GNR lança campanha nacional contra a violência nas escolas

#NaoSouUmAlvo é o mote da campanha lançada no final de Janeiro pela Guarda Nacional Republicana (GNR), com o objectivo de prevenir e combater a violência em ambiente escolar. A campanha vai ser materializada pela exposição e divulgação de imagens nas plataformas digitais e que será exposta em vários locais de norte a sul do país.

Apesar da interrupção das actividades lectivas por causa da pandemia de Covid-19, a GNR entendeu, ainda assim, “desenvolver esta campanha dada a sua relevância, com o objectivo de alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens (…), para a existência de violência exercida nas escolas, muitas vezes caracterizada como bullying.”

Em comunicado, a GNR explica que apesar de não se encontrar tipificado na legislação penal como ilícito criminal, o bullying é caraterizado por actos contínuos de violência física, psicológica e/ou emocional, intencionais e repetidos, com a finalidade de infligir dor e angústia, praticados por um indivíduo ou um grupo de indivíduos contra a vítima. Desta forma, segundo a GNR, podem estar em causa “crimes de ofensas à integridade física, injúrias, ameaça e coação.” A GNR alerta que nas escolas a maioria destes actos ocorrem fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida, ocorrendo muitas vezes nas redes sociais.

Na nota, a GNR explica ainda que esta campanha resulta de um desafio lançado a todos os municípios da sua zona de acção, no sentido de se associarem, através da disponibilização de espaços publicitários para afixação da imagem da campanha. Esta campanha da GNR tem como parceiros cerca de 150 municípios que decidiram aderir a esta causa, tratando-se de uma iniciativa enquadrada numa estratégia de consciencialização, que visa contribuir para “a mudança de comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face à violência nas escolas.”

Em 2020, a GNR policiou cerca de 4 500 escolas com mais de 630 mil alunos. Destes, sinalizou mais de 5 600 crianças e jovens e registou 467 crimes em ambiente escolar.