Novo hospital do Oeste: ministro espera receber relatório do grupo de trabalho na primeira quinzena deste mês

O Ministério da Saúde anunciou que espera receber durante os primeiros quinze dias deste mês o relatório do grupo de trabalho criado para estudar as soluções de localização e o perfil assistencial do novo hospital do Oeste.

De acordo com o Observador, que cita a Agência Lusa, o “trabalho que vai definir a localização e o perfil funcional do novo Hospital encontra-se a decorrer com tranquilidade”, garante o ministério tutelado por Manuel Pizarro.

O Ministério da Saúde justificou o atraso nas decisões com o parecer entregue, em março, pelas câmaras municipais de Caldas da Rainha e de Óbidos.

A distrital do PSD Área Oeste, que integra as concelhias Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, acusou, no final da semana passada, o ministro da Saúde de “mentir” à população quanto à intenção de construção de um novo hospital na região Oeste, ao adiar a decisão de anúncio da sua localização e perfil assistencial.

Em comunicado enviado à nossa redação, a distrital refere que “o ministro mentiu aos oestinos e não tem qualquer intenção em construir o novo Centro Hospitalar do Oeste”.

Depois de o Ministério da Saúde não ter divulgado qualquer decisão quanto à localização e perfil assistencial da nova unidade, “falhando os compromissos”, o PSD “acredita que o Governo não tem qualquer intenção de construir o novo hospital.”

Lembre-se que, em novembro, a Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM) entregou ao ministro da Saúde um estudo que encomendou à Universidade Nova de Lisboa para ajudar o Governo na tomada de decisões e que aponta o Bombarral como a localização ideal do novo hospital.

Na ocasião, o governante anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar soluções e anunciou que divulgaria a localização e o perfil assistencial do novo hospital, até ao final do primeiro trimestre de 2023.

Em março, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos entregaram ao ministro da Saúde um parecer técnico a contestar os critérios utilizados no estudo da Oeste CIM para definir a localização e a defender medidas de mitigação dos impactos se Caldas da Rainha deixar de ter hospital, assim como a localização do novo hospital na confluência daqueles dois concelhos.

No início de abril, o Ministério da Saúde esclareceu que decidiu adiar as decisões quanto à localização e ao perfil assistencial do futuro hospital do Oeste até analisar os contributos recebidos, nomeadamente pelas câmaras de Caldas da Rainha e Óbidos, e receber o relatório do grupo de trabalho.