Oeste CIM recebe 600 mil euros para reforçar transporte rodoviário
A Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM) vai receber 600 mil euros do Fundo Ambiental para reforçar a oferta de transportes públicos rodoviários entre a região e Lisboa devido à pandemia.
Segundo um despacho publicado ontem, 26 de Novembro, em Diário da República, o Ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Matos Fernandes, justifica que “a pandemia e a necessidade de assegurar medidas de protecção de saúde pública implicam a imposições de limitação e ajustamentos à operação de transporte público de passageiros, designadamente ao nível da ocupação dos veículos, que está limitada a 2/3 da capacidade”.
Para o ministro, essas limitações “têm um forte impacto em situações onde os níveis de procura são elevados e a oferta de transporte está sustentada no modo rodoviário.”
De acordo com João Matos Fernandes, a mobilidade entre a Região Oeste Oeste e a Área Metropolitana de Lisboa (AML), sustentada no transporte rodoviário, “apresenta diariamente e de forma regular um elevado volume de passageiros, que não tem ímpar a nível nacional, na medida em que representa, por si só, 20% de todas as deslocações inter-regionais e mais de 58 % das deslocações em autocarros para a capital.”
Esta “especificidade impõe a necessidade de um financiamento extraordinário, para garantir o reforço da oferta” e “assegurar os limites de ocupação estabelecidos pela Direção-Geral da Saúde”.
O presidente da Oeste CIM, Pedro Folgado, considera que se trata de uma “verba importante, mas não é suficiente”, sublinhando que a região necessitava de mais apoio. Em declarações à Agência Lusa, citado pela RTP, o responsável lembrou que o reforço da verba resultou da “pressão feita junto do Estado central.”
A Oeste CIM foi contemplada com 300 mil euros do Orçamento de Estado suplementar, criado para responder aos efeitos da pandemia de Covid-19, mas a verba era insuficiente, conforme demonstrou a entidade, que em Outubro estimou a despesa em cerca de dois milhões de euros.