Ano letivo arranca hoje para alunos do concelho da Lourinhã

As escolas do concelho da Lourinhã abrem hoje as portas para o arranque de mais um ano letivo. Um regresso mais “tranquilo”, dizem os diretores dos dois agrupamentos de escolas, sem restrições devido à covid-19.

No entanto, diz o diretor do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, José Grachinha, ainda existe algum receio dentro da comunidade escolar.

O Ministério da Educação antecipou este ano o processo de colocação de professores. Apesar disso, ainda há vagas por preencher nos dois agrupamentos. No Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente faltam preencher 10 lugares.

A área das TIC, diz Pedro Damião, diretor do estabelecimento de ensino, é uma das áreas com maior carência.

Quanto ao Agrupamento de Escolas da Lourinhã faltam preencher “entre 10 a 15 horários”, de todos os níveis de ensino. Um panorama “bem melhor”, diz José Grachinha, quando comparado com outros anos letivos.

Para o diretor do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, existem ainda algumas lacunas na aprovação dos cursos profissionais, faltando, nesta altura, colocar alguns técnicos especializados.

O ano letivo que agora se inicia vai ser marcado pelas consequências da guerra na Ucrânia, com as escolas a acolher alunos ucranianos. Segundo dados do Alto Comissariado para as Migrações, estão matriculados nas escolas portuguesas perto de quatro mil alunos.

No Agrupamento de Escolas da Lourinhã o número de alunos ucranianos é “muito residual”. “Muitos deles estiveram matriculados e deixaram de o estar, porque entretanto saíram para outros países da Europa”, sublinha José Grachinha.

Em ambos os agrupamentos estes alunos frequentaram, já no ano letivo anterior, aulas de português (língua não materna). Um apoio, diz Pedro Damião, necessário para a integração destes alunos.

O Ministério da Educação publicou em julho o despacho onde determina o calendário para este ano letivo (2022/23) e para o próximo (2023/24). Trata-se do regresso ao modelo que existia antes da pandemia (e que obrigou a mexer nas férias de Verão e da Páscoa para acomodar a vacinação contra a covid-19).

Assim, este ano letivo o primeiro período vai prolongar-se até 16 de dezembro. O regresso das férias de Natal tem de acontecer até 3 de janeiro, terminando o segundo período a 31 de março. O último período letivo arranca a 17 de abril e as aulas terminam — consoante o ano que os alunos estejam a frequentar — entre 7 e 30 de junho.