Conversa aberta sobre Aguardente DOC Lourinhã marcou arranque da Quinzena Gastronómica

Teve início esta quinta-feira, 11 de Novembro, mais uma edição da Quinzena Gastronómica da Aguardente DOC Lourinhã. Uma conversa aberta sobre a aguardente produzida na região marcou o arranque do evento, que decorre até 21 deste mês. 

 ‘Aguardente DOC Lourinhã: Tradição e Futuro’ foi o mote da sessão, que contou com um painel de especialistas ligados à investigação e à produção de aguardente, onde foi discutida a origem da DOC Lourinhã (com a criação da região demarcada), os constrangimentos que o sector enfrenta e a importância da investigação.

António Pedro Belchior foi um dos impulsionadores do trabalho cooperativo entre o INIAV e a Adega Cooperativa da Lourinhã, com o primeiro contrato de investigação a ser celebrado entre as duas entidades em 1984. O especialista e investigador recordou o “grande projecto” do estudo de madeiras para envelhecimento de aguardente.

Sara Canas, coordenadora do Polo de Dois Portos/Estação Vitivinícola Nacional, destacou a importância dos sistemas alternativos para o envelhecimento da aguardente.

A falta de competitividade e as burocracias para a aprovação de projectos (que muitas vezes afastam jovens produtores), foram alguns dos constrangimentos apontados pelos oradores. Fernando Rui Oliveira, presidente da mesa da Assembleia Geral da Adega Cooperativa da Lourinhã, considera “urgente” criar uma destilaria ligada à cooperativa. 

Uma conversa onde não foi esquecido o antigo presidente da Adega Cooperativa da Lourinhã, João Pedro Catela, que liderou a instituição entre 1996 e 2020. Fernando Rui Oliveira recordou uma viagem a França com o dirigente associativo.

“Aguardente DOC Lourinhã: Tradição e Futuro” foi o mote da conversa que marcou o início da Quinzena Gastronómica da Aguardente DOC Lourinhã, que decorre até 21 deste mês. A iniciativa reúne 19 restaurantes que apresentam 46 entradas, pratos principais e sobremesas, e 6 cocktails, todos feitos com a aguardente da região.