Oeste CIM e Universidade Nova de Lisboa estabelecem parceria para projecto de cidades inteligentes

A Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oeste CIM) e a A NOVA Information Management School, da Universidade Nova de Lisboa, estabeleceram uma parceria para fazer do Oeste uma região inteligente e climaticamente neutra, ao abrigo da ‘Missão Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras’.

Em comunicado enviado à nossa redacção, a Oeste CIM explica que esta missão pretende alcançar até 2030, um total de 100 cidades inteligentes e com impacto neutro para o clima. O principal objectivo é “garantir que essas cidades actuem como centros de experimentação e inovação para que, até 2050, todas as cidades europeias sejam climaticamente neutras”.

As missões são um compromisso da União Europeia para resolver alguns dos principais problemas globais que afectam a sociedade. Cada uma das cinco missões terá um horizonte temporal e um orçamento adaptados ao desafio a que se propõem de forma a despoletar inovação orientada para a solução, com o envolvimento de todos os actores.

De acordo com Pedro Folgado, presidente da Comunidade Intermunicipal, “é intenção fazer do Oeste uma região inteligente e climaticamente neutra ao abrigo do programa do Horizonte Europa”. “A Comunidade Intermunicipal do Oeste quer entrar neste mapa”, garante o responsável, abraçando assim o desafio que visa responder a preocupações de desenvolvimento e de sustentabilidade.

O anúncio foi feito em Barcelona, a partir do ‘Smart City Expo World Congress’, que arrancou a 16 de Novembro, onde se encontra uma missão de autarcas portugueses, entre os quais alguns dos 12 concelhos do Oeste. O Município da Lourinhã está representado no evento pelo vereador João Serra.

Miguel de Castro Neto, subdirector na NOVA IMS e coordenador do NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, destacou que a ida Barcelona teve como objectivo “conhecer as melhores práticas das cidades e regiões que à escala global lideram esta verdadeira revolução.” Para o responsável o que está em causa, “mais do que o acesso a um quadro de subsídios, é a integração de princípios de governação do território e das cidades e vilas, que querem ser partes activas neste processo, criando e gerindo os seus próprios de sistemas de planeamento e gestão, dentro do contexto da analítica urbana”.

‘Smart Region’ é o termo utilizado para descrever regiões que possuem um planeamento sustentável e que promovem o desenvolvimento com base no conhecimento, obtido através da integração e interacção entre diferentes agentes do meio, desde sensores até instituições e cidadãos. As ‘Smart Regions’ têm como objectivo incrementar a eficiência e eficácia (operacional, económica, social) na gestão e funcionamento das regiões, com recurso a tecnologia e à sua interoperabilidade. No seu estágio de desenvolvimento mais avançado, as ‘Smart Regions’ devem ter capacidade de prever e antecipar possíveis constrangimentos associados ao funcionamento da região.