Quais os automóveis com menor perda de valor ao fim de 5 anos?

(Calvin Dähne/Unsplash)

Encontra-se neste momento pelo mercado de carros usados em busca de uma nova aquisição? Se sim, aconselhamo-lo a descobrir que automóveis é que mais resistem à desvalorização ao fim de cinco anos, uma vez que este aspeto poderá influenciar substancialmente a sua decisão.

A desvalorização de um veículo interfere com o respetivo valor de retoma, pelo que optar por um modelo que mantenha o seu valor comercial a longo prazo poderá conduzir a uma poupança considerável com o passar do tempo.

Apresentamos-lhe infra os veículos que mais retêm o seu valor inicial, com base em estudos recentes sobre a realidade do mercado automóvel português.

Veículos híbridos e elétricos

Curiosamente, os veículos híbridos têm vindo a mostrar uma notável resiliência no que concerne a respetiva desvalorização.

A japonesa Toyota, com a sua longa história de compromisso para com a tecnologia híbrida, lidera nesta categoria – modelos como o Toyota Prius e o Toyota RAV4 Hybrid encontram-se entre os que melhor desempenho registam, demonstrando taxas de desvalorização consideravelmente inferiores às da média de outros carros usados.

Por outro lado, os veículos elétricos (EVs) tendem a desvalorizar muito mais rapidamente do que os seus homólogos híbridos ou com motor de combustão interna a gasolina.

Esta célere desvalorização é atribuída aos constantes progressos verificados na tecnologia incorporada em EVs e às preocupações em torno do tempo de vida útil das baterias, algo que, de resto, poderá afetar a perceção dos consumidores e, por conseguinte, dos valores de retoma.

Carrinhas e SUVs

As carrinhas são identificadas como a categoria de veículos com a menor taxa de desvalorização, uma tendência diretamente relacionada com a sua durabilidade e consistente procura no mercado.

O Toyota Tacoma, por exemplo, lidera este segmento com a sua impressionante capacidade de manter o seu valor comercial ao longo do tempo; atrás não ficam determinados modelos SUV, particularmente os da Toyota e da Subaru, como o Toyota C-HR e o Subaru Crosstrek, cuja reduzida taxa de desvalorização é inferior à média.

Há também que sublinhar que o tamanho desempenha um papel preponderante na desvalorização dos SUVs, sendo que os modelos mais pequenos geralmente registam uma taxa de desvalorização inferior à dos modelos mais volumosos.

Carros desportivos e berlinas

Também os automóveis desportivos se destacam no seu robusto valor de retoma, com modelos como o Porsche 911 e o Subaru BRZ a registarem uma baixa taxa de desvalorização ao fim de cinco anos.

O apelo destes veículos, particularmente durante e depois da pandemia de COVID-19, levou ao incremento da sua procura, algo que impactou positivamente o seu valor de retoma.

Já as berlinas, como o Honda Civic ou o Toyota Corolla, continuam a ser excelentes escolhas para quem procura um veículo que não desvalorize excessivamente a longo prazo, graças às suas duradouras popularidade e fiabilidade.

Tendências de mercado

As alterações recentemente verificadas na dinâmica de mercado (atribuídas, em parte, à pandemia) levaram ao incremento de preços de carros novos e usados.

Esta variação sugere que os automóveis adquiridos durante este período poderão manter melhores valores residuais, o que beneficia os atuais proprietários, mas implica custos mais avultados para futuros compradores.

Agora que a produção tem vindo a normalizar-se e o mercado de carros usados tem estado a ajustar-se (apesar de ainda se registarem algumas preocupações no setor automóvel), estas tendências poderão estar sujeitas a novas alterações, acabando por influenciar as taxas de desvalorização e os valores de retoma.

Para concluir

Em resumo, sempre que se encontrar no mercado à procura de carros usados, é essencial que tenha em consideração a taxa de desvalorização do modelo que pretende adquirir ao fim de cinco anos.

Optar por veículos híbridos, determinados SUVs e carrinhas ou determinados carros desportivos e berlinas poderá conduzir a um melhor resultado financeiro em termos de valor de retoma.

Se se mantiver informado relativamente a estas tendências da indústria automóvel, conseguirá tomar uma decisão economicamente sustentável.

As conclusões que aqui partilhámos derivam de uma análise de dados detalhada e da interpretação de tendências de mercado registadas até ao final de 2023.

Se tem interesse no mercado automóvel português, estas mesmas tendências constituem uma valiosa fonte de informação para poder efetuar uma compra que combine desempenho, satisfação e sensatez económica.

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